Café forte, sem açúcar…
Pouca gente, dia cinza – é possível ver as cores.
Tá fraco, experimenta, isso não é pimenta,
Ouso, sempre ouso,
Queimo a boca, retruco…
Ela sorri, “não estou sentido”
E o tempo passando…
É azul, eu tento.
É rosinha, me corrige, nunca sei.
Giramos pela rua, pela gente, é pra sempre…
Epifania,
Caio Fernando, tão antigo, lendo no aeroporto…
Aeroporto, já é setembro.
O tempo corre, meninos, e vocês brincam na chuva.
As poças, o guarda-chuva,
“Não adiantou nada secar o cabelo”
Não vou chorar, agora não, é até logo…
Mas a distância?
Não pensa nisso…
Pensa no peixe, são quatrocentos e ainda falta,
Pensa no peixe…
O tempo chega…
O tempo chega…
Nos olhamos,
Casa olhando casa
E no abraço não demoramos chorar,
É até logo, digo aos peitos: o meu e o seu,
Eu te amo e já sinto saudades – alimento o ouvido.
Gravo seu cheiro, seu sorriso, mas me perco nas cores.
O tempo que chega, também passa…
A despedida também é encontro…
que chega… se o Agosto passa, o encontro chega.
Desculpa, roubei seu cheiro. Prometo que vou guardar.